Diga oi para o Culpa de Keka 2.0

Eu, Matheus, Jimmy, Vitinho e mais de 99.996 pessoas resolvemos nos aventurar na ROCK IN RIO no dia 23 de setembro de 2011. Era o nosso dia preferido da programação assim como o da maioria que pessoas que juntos esgotamos as vendas deste dia primeiro que dos outros.

Como 1º dia e por ter muito tempo que não tinha este evento no Brasil além de ansiosos ficamos apreensivos como tudo poderia proceder.

Resolvemos (eu, Jimmy, Vitinho) ir bem cedo para fugir do trânsito e resolver o mais depressa nossa ansiedade. Saímos do Shopping Rio Sul por volta das 13h e chegamos lá pouco mais de 14h. Está aí uma coisa que recomendamos COMPREM O RIO CARD, pois não sabíamos se tínhamos algum privilégio mas tivemos uma entrada especial (demonstrada também pela fúria do pessoal que estava numa outra fila gigante quando passávamos de ônibus) que em pouco menos de 30 minutos já estávamos dentro da Cidade do Rock guiados por seguranças com um esquema bem interessante e eficaz pra não haver tumulto. E deu super certo.

Como chegamos ainda de dia apreciamos toda a estrututa, que diga-se de passagem estava belíssima! Tudo muito grande e bem espalhado. Muitas praças de alimentações e banheiro grandes, uma mini cidade super fofa com bancos e lojas bem legais. A grama sintética também ficou bem interessante pra galera sentar tranquilamente a espera dos seus shows favoritos. Vendo toda esta estrutura chegamos a conclusão que a única coisa que deixou a desejar foi a falta de lixeira que na madrugada entre um show e outro e perto das praças de alimentação parecia que estávamos em meio a um lixão.

Depois de muitas andanças, fotos, brindes e sofrimento pela grande falta de sinal de internet e telefone pra compartilhar com a galera alguns momentos, fomos ver nosso primeiro show no palco Sunset, ainda de dia, da Bebel Gilberto e Sandra de Sá. Muito bom e com muita música do Cazuza.

Por volta das 19h já encontrávamos posicionados pra ver a grande abertura. No Palco Mundo com uma grande homenagem ao saudoso Freddie Mercury foi dada a largada. Vídeos mostravam ainda cenas de outros Rock In Rio Brasil e principalmente a satisfação da volta da marca para o Rio. Um show de fogos sincronizados com a música nos deixou completamente arrepiados e com a sensação de “que bom que estamos aqui”.

Milton Nascimento completou cantando LOVE OF MY LIFE de Queen juntamente com a orquestra sinfônica, que apesar dele não ter dado um “boa noite” ou agradecido a animação da multidão (que ficou muito feio), foi muito bom.

Em seguida veio o show de Titãs e Paralamas do Sucesso. Com muitas músicas boas foi um grande pontapé da noite. Dançamos, gritamos e cantamos muito ao som de fortes sucessos como Sonífera Ilha, Meu Erro e muito mais. Mas como nem tudo é perfeito, Maria Gadú (eu hein?!?!) foi a convidada da vez. Cantou junto com os “brasucas” Loirinha Bombril com uma voz tão fina que causou o maior estranhamento, e claro, saiu do palco com quase nenhum aplauso.

Após os roqueiros vinha a Cláudia Leitte (que só pode ter entrado na programação por alguma cota, porque não tem condições…). Ela quis entrar com um bola no palco sem o menor nexo. Essa bola levantou e ela estava atras, tudo isso tão rápido que vem a pergunta: por quê daquilo? Já entrou fazendo “merda” e falando em inglês. Tipo, Brasil, Rio, Rock In Rio e a louca entra falando em inglês? Não! Ela não merece a fama que tem. A partir daí as nossas vaias, críticas e pedidos para Ivete Sangalo entrar perdurou o show inteiro. Com um repertório de usuário de abadás ela não empolgou a galera. Ainda insistiu cantando um mash-up de Lulu Santos e outros rocks (primeira vez que ela colocou a Cidade do Rock pra dançar e foi a melhor parte do circo). E claro que ela nos envergonhou cantando Samba (com a imagem do Rick Martin no telão – como ele autorizou isso, Brasil??!?!?), Locomotion Batucada (música do avestruz, da série onde eu enfio minha cara?) e outras inéditas com letras compostas de muito elixir e demais pataquadas. Já no final ela animou bem com a música Extravasa (era melhor a gente mostrar que estava dando certo pra ela não pedir pra cantar um nova música) nos agraciando com sua saída triunfal pendurada de ponta a cabeça e perninhas pro ar QUASE MORREMOS DE RIR. Além de suas risadas loucas, leia-se toda errada, a vaia na música CORDA DO CARANGUEIJO fez valer o nosso ingresso, e ela ainda teve a petulância de retrucar mais ou menos assim: “Não gosta do curso pra quê se matriculou?!”. Em miúdos, QUEM ESTAVA LÁ POR CONTA DELA? Enfim…

Matheus já se encontrava no espaço e Katy Perry prestes a entrar. De repente já não se conseguia andar e o espaço ia ficando cada vez mais apertado. Nem ligamos, queríamos a Katy mesmo assim. Ela foi a queridinha da noite. Fez um show com prazer. Várias trocas de roupas e um palco lindo dentro da proposta do seu último álbum. SetList perfeito! Até samba e música brasileira compuseram o show – mais uma vez mostrando a preocupação e dedicação em estar ali. Outro destaque foi uma roupa com a bandeira do Brasil. Com uma simpatia ímpar, ela a todo momento trocou energia com a galera e inusitadamente chamou um menino para subir ao palco pra ela conhecer com é um brasileiro – safadeeenha. Daí acabou! Virou nossa queridinha imediatamente. Katy manteve todo o público animado e cantando por todo seu show e mesmo fora do palco os aplausos continuaram por um bom tempo. Melhor show da noite em disparado.

Elton John na sequência nos deixou pasmos! Que voz! Que pianista! Apesar de quase não conhecermos suas músicas foi maravilhoso! Mas isso não era o problema porque a todo o tempo o público cantou com ele. Entre uma música e outra ele levantava eagradecia e o público o ovacionava. Muito simpático. Ligamos para os amigos para escutar suas músicas preferidas, como prometido, mas garramos um ódiozinho de Rocket Man que durou uns 20 min. Dizem por aí que ele não cantou Your Song (música que mais queríamos ouvir) porque o pessoal da frente gritava por Rihanna e ele não satisfeito cortou a música. Mas, foi maravilhoso. Vê-lo é uma coisa quase que obrigatória quanto ver um show de Roberto Carlos – todos tem que fazer isso ao menos uma vez.

Rihanna nos deixou mais de uma hora e meia esperando. Claro que tivemos que sentar pois as pernas estavam em petição de miséria. Brincavam perto da gente que o show não começava pelo fato da Cláudia Leitte ainda está lá em cima do palco, ou cogitavam a hipótese de ter esquecido ela por lá… Voltando… Palco apenas com um R em um pano ela entrou ao som de Only Girl que sacudiu geral. Em seguida emendou o Disturbia e Shut Up And Drive. Até aqui estava tudo muito bem, mas ela insistiu em cantar seu hit Man Down, que é chata, e outras músicas muito R&B, que tenho certeza que não era todo mundo que estava curtindo. O show deu uma esfriada mesmo ela aparecendo com um canhão rosa sob projeções de muitas guerras e granadas. Sem troca de roupas mas com saidinhas curtas que dava tempo de tirar a roupa da patroa (estava muito baranga), ela não mudou o visual. Ainda neste espaço de tempo tinha hora que não conseguíamos entender o que ela cantava, em japonês seria talvez a língua da vez – ácidos. E sempre começava uma frase e parava de cantar (ficamos sem entender o porquê ela fazia isso mas…), fazia uma dança da “cobra doida” a todo tempo combinado com boas passadas de mão naquele lugar. Já cansados e quase na hora de ir embora esperamos Don’t Stop The Music. Este foi outro ponto alto do show. A cidade inteira se acabou. E pra gente o show acabou aqui.

Com medo de maiores tumultos fomos embora após Don’t Stop The Music sem nenhum arrependimento. Tivemos uma saída tranquila porém um pouco demorada, mas pra quem já tinha aproveitado tudo e já sabia da possibilidade disso acontecer até que saímos bem dessa chegando em casa por volta da 7 da manhã.

Conclusão: foi tudo tão lindo e bem organizado que 12 horas em pé valeram a pena. Linda festa com muitas famílias, idosos, jovens, bebês e muita animação. Katy Perry assim como Beyoncé vai ser a nova queridinha do Brasil – apostamos. E é uma experiência que desejamos pra todos porque vale a pena. É isso, apesar de estar um texto extenso queríamos compartilhar com vocês alguns momentos desse evento único nas nossas vidas.

E que venha o Rock In Rio 2013. Eu estarei lá. E vocês?

Comentários em: "Ô ô ô ô ROCK IN RIO!" (3)

  1. Amei o texto, deu para sentir toda a vibração. lendo, lembrei de vários momentos meus no rock in rio 2001. como vcs dizeram é uma experiência que todo mundo tem que passar e foi tao lindo receber a ligação durante Tiny Dancer !!!! que venha 2013

    • Flávio disse:

      Que bom que curtiu, amigo. Vc tbm podia compartilhar sua experiência aqui conosco. 🙂

  2. Foi inesquecível! E pensar que eu quase desisti de ir. Ainda bem que vocês não deixaram.

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